"O diabo, vosso adversário..." (1 Pd 5, 8)
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"Uma certa memorização das palavras de Jesus, de passagens bíblicas importantes, dos dez mandamentos, das fórmulas de profissão de fé, dos textos litúrgicos e das orações essenciais e de noções chaves da doutrina..., longe de ser contrária à dignidade dos jovens cristãos, ou de constituir para eles um obstáculo para o diálogo pessoal com o Senhor, é uma verdadeira necessidade... É preciso ser realista. As flores da fé e da piedade cristã, se assim se pode dizer, não crescem nos espaços ermos de uma catequese sem memória. O essencial é que os textos memorizados sejam ao mesmo tempo interiorizados, compreendidos pouco a pouco na sua profundidade, a fim de se tornarem fonte de vida cristã pessoal e comunitária" (Catechesi Tradendae, ponto 55, de São João Paulo II, 1979)
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Quando Satanás triunfa numa alma?
Satanás triunfa numa alma quando consegue que ela viva tranquilamente no estado de pecado mortal e, por isso, pronta para a viagem ao Inferno.
1- A maior astúcia do século: "O diabo não existe!"
"Exorbita já, fora do quadro bíblico e eclesiástico, aquele que se recusa reconhecer (o demônio) como existente; do mesmo (...), que não tivesse sua origem em Deus (...). (O demônio) é um ser vivo, espiritual, pervertido e corruptor" (Paulo VI, 15-XI-1972).
2- O Plano de Satanás
Já Pio XII, falando ao Congresso Catequético dos EUA em 26-X- 1946 afirmava: "O pecado do século é a perda do sentido do pecado". Na Exortação Apostólica "Reconciliação e Penitência" (02-XII-84), São João Paulo II confirmou: "Demasiados sinais indicam que em no nosso tempo existe um eclipse da consciência, tanto mais inquietante quanto esta consciência (...) anda estreitamento ligada à liberdade do homem". Em um mundo em que a moral católica autêntica parece, para muitos, um corpo estranho de tempos passados, julgou-se útil colocar três lições sobre as três etapas do plano do nosso inimigo: o Triunfo ( a vivência no estado de pecado mortal), a Avançada (tibieza, que é estar conformado com pecados veniais e não buscar se emendar achando que afinal "não são pecados mortais") e a Zombaria (as imperfeições, não buscar desarraigá-las e se conformar dizendo "eu nasci assim", "Deus me fez assim"). Feitas objeto de séria meditação, estas três lições podem ajudar a adquirir novamente ou tornar mais profundo o sentido do pecado.
3- Vitória de Satanás
Qualquer pecado mortal (mortal pois que mata a vida sobrenatural da alma) é vitória de Satanás e prepara o seu triunfo na alma. Para compreender esta afirmação, é de grande utilidade refletir sobre as seis principais consequências do pecado mortal:
- Expulsa Deus de nossa alma, e, com Deus, todos os bens de que Ele é fonte (a Graça Santificante - que é a graça da filiação divina - com o glorioso cortejo de virtudes e dons: é um verdadeiro suicídio espiritual!); mesmo que a pessoa faça "boas ações", se estiver em pecado mortal o valor de suas boas obras é sufocado e invalidado pela escolha ao pecado, pois quem escolhe o pecado, escolhe satanás.
- Facilita a recaída em outros pecados mortais: "Quem faz o pecado, é escravo do próprio pecado" (Jo 8, 34);
- Impede o mérito de todas as obras feitas em estado de pecado mortal (como foi dito anteriormente);
- Tira a verdadeira paz também neste mundo: "Não há paz para os ímpios" (Is 48, 22);
- Faz merecer o inferno (Mt 25, 46).
4- Para evitar o pecado mortal devemos usar cinco meios:
- Rezar para obter as graças atuais necessárias para evitar o mal e praticar o bem (Mt 26, 41);
- Praticar a penitência interior (humildade - a humildade é a verdade) e exterior (mortificação) (Tg 4, 6; Mt 17, 21);
- Fugir das ocasiões de pecado (2 Tm 3,5);
- Receber frequentemente os sacramentos da Penitência e da Eucaristia (Jo 6, 48-53);
- Meditar sobre os novíssimos: Morte, Juízo, Inferno e Paraíso (Eclo 7, 36)
O Pecado
"Constituído por Deus em estado de justiça, o homem contudo, instigado pela Maligno, desde o início da história abusou da própria liberdade. Levantou-se contra Deus desejando atingir seu fim fora Dele. Apesar de conhecerem a Deus, não o glorificaram como Deus. O seu coração insensato se obscureceu e eles serviram à criatura ao invés do Criador. Isto, que nos é conhecido pela Revelação Divina, concorda com a própria experiência. Pois o homem, olhando o seu coração, descobre-se também inclinado para o mal e mergulhado em múltiplos males que não podem provir do seu Criador que é bom" (Gaudium et Spes, 1965).
Catecismo Essencial
Imprimatur
Dom José de Aquino Pereira
07-06-1987
Solenidade de Pentecostes