Sendo Católico: O que é a Penitência ou Confissão?
Àqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 23)
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"Uma certa memorização das palavras de Jesus, de passagens bíblicas importantes, dos dez mandamentos, das fórmulas de profissão de fé, dos textos litúrgicos e das orações essenciais e de noções chaves da doutrina..., longe de ser contrária à dignidade dos jovens cristãos, ou de constituir para eles um obstáculo para o diálogo pessoal com o Senhor, é uma verdadeira necessidade... É preciso ser realista. As flores da fé e da piedade cristã, se assim se pode dizer, não crescem nos espaços ermos de uma catequese sem memória. O essencial é que os textos memorizados sejam ao mesmo tempo interiorizados, compreendidos pouco a pouco na sua profundidade, a fim de se tornarem fonte de vida cristã pessoal e comunitária" (Catechesi Tradendae, ponto 55, de São João Paulo II, 1979)
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O que é Penitência?
A Penitência, chamada também confissão, é o Sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecadores cometidos depois do Batismo.
1- Instituição da Penitência.
A Penitência foi instituído na tarde do dia da Ressurreição, quando Jesus, depois de entrar no Cenáculo, deu solenemente aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados, dizendo: "Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23)
2- Jesus ensina-nos a confessar bem
Com a parábola mais linda do Evangelho, a do filho pródigo, Jesus ensina-nos a fazer uma boa confissão, com a alma cheia de confiança no Amor Misericordioso do Pai. Vale a pena ler e meditar a parábola: Lc 15, 11-26.
3- Para uma boa Confissão requerem-se cinco coisas:
1ª) Exame de consciência, isto é, rezar e pensar nos pecados cometidos por pensamentos, palavras, atos e omissões ("caindo em si, disse..." Lc 15, 17);
2ª) Arrependimento dos pecados (também dos já perdoados); ("quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morrendo de fome" Lc 15, 17);
3ª) Propósito de nunca mais pecar (antes morrer do que tornar a pecar); (Vou-me embora, procurar o meu pai" Lc 15, 18);
4ª) Confissão, isto é, contar os pecados ao confessor: (em espécie, número e circunstâncias), ("Pai, pequei contra céu e contra ti" Lc 15, 21);
5ª) Satisfação, isto é, execução da penitência imposta pelo confessor, se possível imediatamente ("Já não sou digno de ser chamado teu filho" Lc 15, 21) (Código de Direito Canônico 981, 987 e 988).
4- Arrependimento dos pecados
Das cinco coisas necessárias para fazer uma boa confissão, é o arrependimento dos pecados a mais importante. Este pode ser de três espécies:
Natural (produzido por motivos meramente humanos): não apaga nenhum dos pecados.
Sobrenatural imperfeito (atrição; é produzido principalmente pelo medo dos castigos de Deus): sem a confissão, apaga os pecados veniais; com a confissão, apaga também os pecados mortais.
Sobrenatural perfeito (contrição; é produzido principalmente pelo amor para com Deus): unido ao propósito ou ao desejo de confessar-se, apaga todos os pecados, mas fica de pé a obrigação de acusar os pecados mortais já perdoados, na próxima confissão, sem a qual não é lícito comungar.
5- Confissão frequente
"A acusação dos pecados graves é necessária; a confissão frequente continua a ser uma fonte privilegiada de santidade, de paz e de alegria!" (Paulo VI - Exortação apostólica sobre a Alegria Cristã - 09 - 05 - 1975).
"Por inspiração do Espírito Santo foi introduzido na Igreja o uso piedoso da Confissão frequente, com a qual:
- aumenta-se o reto conhecimento de nós mesmos;
- desenvolve-se a humildade cristã;
- arranca-se a perversidade dos costumes;
- resiste-se à negligência e ao torpor espiritual;
- purifica-se a consciência;
- procura-se a salutar direção da consciência;
- fortalece-se a vontade;
-aumenta-se a graça por força do próprio Sacramento"
Pio XII, Encíclica Mystici Corporis
Para um cristão, o Sacramento da Penitência é a via ordinária para obter o perdão e a remissão dos seus pecados graves cometidos depois do Batismo (Encíclica Redemptoris Mater, São João Paulo II, sobre a Bem Aventura Virgem Maria; 31 - 02-12-1984).
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