"Os anjos foram criados em estado de graça, o que significa que, com sua natureza, receberam a graça santificante que os tornou filhos adotivos de Deus.
Sua glória decorreu da execução de um ato livre, que foi submeter-se à ação da graça que os inclina a submeter-se a Deus por inteiro; isso ocorreu em um só instante.
Nem todos permaneceram fiéis; alguns, por orgulho, quiseram ser como Deus e gozar a felicidade independentes da Vontade Divina. Deus então, justamente, os precipitou no Inferno; assim, os anjos rebeldes e os condenados ao Inferno chamam-se demônios."
(Catecismo da Suma Teológica de Santo Tomás)
O demônio não influencia nem seduz ninguém se não encontra terreno propício. Quando o homem ambiciona uma coisa, sua concupiscência legitima as sugestões do demônio. Quando um homem teme algo, o medo abre uma brecha em sua alma pela qual se infiltram suas insinuações. Por essas duas portas, a concupiscência e o medo, o demônio se apodera do homem.
O demônio não pode fazer mais do que lhe é permitido por Deus.
(Santo Agostinho)
Ponto II
"A segunda categoria dos seres criados por Deus é formada pelo mundo corpóreo, criado no princípio dos seres, ao mesmo tempo que Deus criava o mundo dos espíritos (anjos); ambos foram criados instantaneamente.
Mas Ele não o criou como hoje o vemos. O Senhor o criou primeiro em estado caótico, o que significa que Deus primeiro criou os elementos ou matérias que iria utilizar para criar o mundo como hoje vemos.
Ele, no entanto, não rematou de uma só vez a Sua Obra, mas usou de intervenções sucessivas, que foram seis, e que chamamos de ‘os seis dias da criação’:
- A luz;
- O firmamento;
- Os mares separou da terra e criou as plantas;
- Sol, lua, estrelas;
- Aves e peixes;
- Animais terrestres e o homem."
(Catecismo da Suma Teológica de São Tomás de Aquino)