Acervo Digital Salus: Guia "definitivo" sobre modéstia (sem relativismo)
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Temas abordados : 1. Apresentação 2.
Os princípios da moral católica 2.1 Moral Católica x Moral Puritana 3. As
virtudes 4. A virtude da modéstia e do pudor 5. A modéstia e o pudor no
comportamento 6. A modéstia e o pudor nas roupas 7. Seleta de textos sobre
Modéstia
Apresentação
Este trabalho visa responder aos leitores e também a alguns textos mal
feitos sobre o assunto que circulam pela internet, mostrando como alguns
entendimentos sobre a modéstia é muitíssimo aquém da definição que a Igreja
sempre deu ao nome: virtude.
Princípios
da Moral Católica
(Teologia
Moral)
A teologia moral faz parte da
teologia sistemática (que formula descrições ordenadas sobre a fé a as crenças
baseadas na teologia dogmática, na teologia filosófica e na teologia
doutrinal), mas também se une a teologia prática (que é a aplicação das
orientações da teologia na vida cotidiana).
A teologia dogmática é a parte da
Teologia Católica que trata, sistematicamente, do conjunto das verdades
reveladas por Deus (reunidas na chamada Tradição, que inclui a Bíblia) e
como tal propostas pelo Magistério da Igreja Católica.
O magistério se divide em:
§ - o ordinário,
exercido continuamente pelos bispos e pelo Papa (ex: através de encíclicas
e outros tipos de documentos e de meios), mas que não está imune ao erro.
Mesmo assim, o magistério ordinário deve ser reverenciado pelos fiéis em termos
de vontade e razão; o fato de não estar imune ao erro não significa que, de
fato, os possua. O magistério ordinário torna-se infalível só quando o Papa e o
Colégio Episcopal, dispersos por todo o mundo, concordarem em emitir uma
sentença definitiva sobre fé e moral aplicável a toda a Igreja.
§ - o extraordinário,
exercido somente em situações pontuais e necessárias pelo Papa ou por todo o
episcopado reunido em torno do Papa, num concílio ecumênico. Quando se tratar
de juízos referentes à fé e à moral (os chamados juízos dogmáticos), o
magistério extraordinário ou supremo torna-se infalível, sendo os seus
ensinamentos imutáveis nestas matérias dogmáticas. Esses juízos dogmáticos, que
podem não conter dogmas novos, podem ser expressos em anátemas (ou
não), decretos, constituições dogmáticas e outros documentos.
Portanto a moral católica deve ser
sempre embasada na Sagrada Tradição (que os apóstolos e o colégio apostólico
orientou pelos séculos), no Sagrado Magistério (pronunciamentos papais e dos
bispos sobre a reta interpretação das Escrituras e da Tradição, também pelos
séculos) e na Sagrada Escritura. Ainda temos, por graça divina, um grupo seleto
entre os membros da Igreja, os santos, que em suas vidas
expressaram a eficácia da Palavra de Deus e do seguimento da Santa Tradição da
Igreja. Dentre eles, Deus nos concede mais um aporte de sua graça, nós temos
os Doutores da Igreja, tais membros são santos e
ofereceram ao depósito da fé uma abordagem teológica tão acertada que a Igreja
abraçou como sua tais doutrinas, podemos dizer que os 36 Doutores da Igreja
possuem um peso considerável em qualquer abordagem teológica moral, doutrinal e
filosófica; pois que todos os membros do magistério recorrem a eles, em casos
de dúvidas ou discrepâncias.
O objetivo da teologia moral é levar
as virtudes cristãs à excelência, até o fim das vidas de cada
católico, como está expresso na própria definição da palavra virtude no
Catecismo (que é um compêndio, um resumo, dos ensinamentos da Igreja): "a
virtude é uma disposição habitual e firme para praticar o bem.
Permite à pessoa não somente praticar atos bons, mas dar o melhor de si
mesma. A pessoa virtuosa tende para o bem com todas as suas
forças sensíveis e espirituais; procura o bem e opta por ele em
atos concretos. O fim duma vida virtuosa consiste em tornar-se
semelhante a Deus" (CIC 1803). E o ato concreto de Deus por nós
foi dar-se todo na cruz.
Assim a teologia moral nos ensina que
os ensinamentos do Senhor devem ser praticados no cotidiano, numa
teologia prática, numa doação total a Deus nos pequenos atos como uma expressão
da receptividade ao Evangelho e da vontade de Deus para a humanidade. O centro
da ética e moral católica são os Dez Mandamentos.
O estudo da matéria de Teologia Moral
é a mais importante na vida prática, mas antes cabe esclarecer o que é
Moralidade Cristã e para tal recorremos a São Tomás, Doutor Angélico da Igreja.
A Moralidade Cristã são os atos e
comportamentos que nos levam ao Sumo Bem, "uma ciência das virtudes,
um receituário dos costumes cristãos, com a indicação de remédios naturais e
sobrenaturais para os desvios de curso que aviltam a inteligência e a vontade
humanas" (Professor Silvio Silveira, tomista). Portanto, moral é o
que nos aproxima de Deus e imoral o que nos afasta de Dele. A
moralidade, os atos e comportamentos, devem ser matéria de edificação pessoal e
social; é a vida ética vivenciada em seu sentido mais elevado; dessa forma ela
não deve ser rebaixada a uma casuística (que depende de casos
particulares).
A Teologia Moral como ensina muitos
doutores da Igreja são princípios universais para a vivência das virtudes
cristãs no cotidiano. E dentre os seus Doutores nesse assunto estão: São Tomás de
Aquino, Santo Afonso Maria de Ligório (principalmente) e São Francisco de
Sales.
As abordagens pouco claras a esse
respeito, que dispensam tais doutores e toda a Tradição da Igreja; torna a
vivência das virtudes, como nos pede a Igreja em seu Catecismo, praticamente
inexistente. Ou seja para alguns: nada é exigido, nada é ruim, tudo depende
do ponto de vista, tudo depende do coração da pessoa.
Por isso coloquei de forma bem
humorada no título desse material a palavra "definitivo", pois é
ridículo acreditar que um guia definitivo pode ser feito num post de blog, nem
num livro isso é possível, dado a extensão dos problemas nessa área.
Moral
Católica x Moral Puritana
A Moral Católica como vimos não
rejeita orientações claras, inclusive existem volumes densos de Teologia Moral
para nos provar que afinal não é assim a "festa do tudo pode, desde que
meu coração diga que pode".
Veja bem, São Tomás nos orienta sim
em relação a intenção, o pecado mortal só acontece quando você tem intenção de
pecar, quando faz sabendo que é pecado. O Mortal, veja bem.
Portanto de fato, um homem que se
veste de mulher ou uma mulher que se veste de homem com intenção de se portar
fora das leis de Deus, peca mortalmente. Quem, por outro lado, veste tais
vestimentas por algum motivo mesmo sabendo ou descobrindo que são inadequados,
peca venialmente. Quem veste na ignorância, pois lhe coloram a roupa e ela
nunca foi orientada sobre tal, não peca (Suma Teológica, II-II, qq. 160
e 168-170)
Indo verdadeiramente além, a Igreja
nos orienta que " a pessoa virtuosa tende para o bem com
todas as suas forças sensíveis e espirituais; procura o bem e opta
por ele em atos concretos".
Dessa forma uma pessoa pode cometer
um falta ou até mesmo um pecado venial se porventura assume atos e
comportamentos que ao longo do tempo pode fazê-la cair mais gravemente.
Nesse ponto está toda a vivência da
moral católica: os atos concretos voltados para o bem usando todas
as forças para isso. Como vê o ensino da Igreja não é laxo, pois o
Evangelho não é laxo.
A moral protestante, de fato possuí
uma influência Kantiana, que centraliza a ação do homem no cumprimento de
regras. Mas veja que o equivoco não está na existência de alguma regra, mas
na vivência delas sem o espírito de doação e entrega, pois é necessário uma
dose de lapidação, um espirito de penitência e sacrifício pelo que se
ama.
E disso já nos defende a Santa
Doutrina da Igreja que nos orienta a tudo vivermos por amor, nada é pesado para
quem ama, nada é pesado para quem vê a Cruz, nada é muito para quem vê o Corpo
do Senhor flagelado.
E o que é o amor? O Amor é Jesus. E
segundo São João:
"E sabemos que O conhecemos por
isto: se guardamos os seus mandamentos"
"Aquele que diz que permanece
nEle deve também andar como Ele andou" (1 João 2, 3-6)
O assunto da modéstia está incluso no
VIº e IXº mandamentos: não pecar contra a castidade e não desejar a
mulher do próximo (Ex 20, 14-17). Tais mandamentos condenam: as conversas
impuras (Ef 5, 3-4), olhares, toques, leituras, divertimentos, músicas,
amizades, vestimentas que possa oferecer ocasião aos outros de pecar contra a
castidade, suscitar pensamentos e desejos voluntários contra a
castidade (Mt 5, 28).
"Pois este é o amor de Deus:
observar os seus mandamentos. E os mandamentos não são pesados pois todo o que
nasceu de Deus vence o mundo" (1 João 5, 3-4).
"Toda iniquidade é pecado"
(1 João 5, 17)
Iniquidade é uma ação ou coisa
contrária a moral e a religião.
Portanto a moral não pode ser
descreditada por medo do puritanismo.
Virtudes
A virtude da modéstia é oriunda da
virtude cardeal (também chamada virtude moral) da temperança. Sobre ela o
Catecismo nos ensina no ponto 1809:
"A temperança é
a virtude moral que modera a atração dos prazeres e proporciona o equilíbrio no
uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém
os desejos nos limites da honestidade. A pessoa temperante orienta para
o bem os apetites sensíveis, guarda uma sã discrição e não se deixa arrastar
pelas paixões do coração. No Novo Testamento, é chamada "moderação",
ou "sobriedade". Devemos "viver com moderação, justiça e piedade
no mundo presente" (Tt 2, 12).
A modéstia e o pudor são virtudes que
moderam o comportamento para se conformarem a vontade de Deus e a dignidade que
Ele nos deu ao se encarnar e nos resgatar a preço de sangue.
Veja que vimos que a teologia moral é
a orientação da Igreja em relação a atos e comportamentos, uma direção para
praticar as virtudes. Portanto, a teologia prática passa pela vivência do pudor
e da modéstia.
As virtudes são definidas como atos
concretos, dessa forma será sempre errado dizer que "a modéstia não se
resume ao exterior" como uma forma de não fazer mudanças externas, num uso
de palavras bem relativista. Como foi dito a modéstia modera o comportamento, toda
a forma de expressão. E se é expressão, é externa.
Vestir-se é entendido como uma
expressão, assim como também uma forma de auxiliar na moderação de outras
nuances do comportamento, isso se chama "cognição da indumentária".
No entanto, podemos ir além, por exemplo
alguém que faz barraco, grita, é um ato exterior, é uma expressão e é
imodesto.
Alguém que bebe muito, que bate na
esposa ou tem atitudes grosseiras, realiza um ato exterior, uma expressão
desordenada e é portanto imodesto.
Sempre será errado e um tanto
desonesto dizer "a virtude não é só exterior" numa tentativa de
separar a expressão no vestir-se, do restante do comportamento (falar, andar,
etc.). A modéstia modera o comportamento como um todo, tudo unido, num trabalho
de lapidação até a morte.
"O pudor preserva a
intimidade da pessoa. Consiste na recusa de mostrar aquilo que deve ficar
escondido. Está ordenado à castidade, exprimindo sua
delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com
a dignidade das pessoas e de sua união” (CIC 2521).
“a pureza do coração exige o
pudor, que é paciência, modéstia e discrição” (CIC 2533).
"Protege o mistério das pessoas
e de seu amor. O pudor é modéstia, inspira o modo vestir, mantém o
silêncio ou certa reserva quando se entrevê o risco de uma curiosidade malsã. Torna-se
discrição” (CIC 2522).
“Existe um pudor dos sentimentos,
como existe o do corpo. O pudor, por exemplo, protesta contra a exploração do
corpo humano em função de uma curiosidade doentia (como em certo tipo de
publicidade), ou contra a solicitação de certos meios de comunicação a ir longe
demais na revelação de confidências íntimas. O pudor inspira um modo de
viver que permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias
dominantes” (CIC 2523).
A
modéstia e o pudor nas roupas
Segundo São Tomás de Aquino: “os
movimentos exteriores são sinais das disposições interiores.” ou ainda “anima
forma corporis”(a alma forma o corpo, o corpo forma a alma)
Recentemente li um texto, muito ruim,
sobre a visão do pudor nas diferentes civilizações, o texto relativizava o
pudor dizendo que afinal não é falta de pudor entre os índios estar pelado, mas
é falta de pudor entre os árabes mostrar os cabelos. Isso existe, existe. Aqui
no Brasil não é falta de pudor sair uma vez ao ano vestida de glitter, também
não é falta de pudor falar palavrões na rua.
Mas quem mostra o que é
verdadeiramente certo? A realidade de cada povo ou algo acima, que leva os
homens a um bem maior e mais elevado? Se formos seguir as diretrizes do nosso
tempo, todos deveriam sair com frases de ordem, peludas pelas ruas. Ou
ostentando um celular de última geração e roupas minúsculas. A cultura moderna
seria mesmo uma boa professora no que se refere a moralidade? Estaríamos mesmo
melhores seguindo a inclinação do tempo atual?
Me parece que tais exemplos, muito
reais, pouco podem nos ajudar na vivência da moralidade cristã, já que a atual
sociedade nem cristã é.
Também já li o triste argumento que
"a intenção é o que importa", se referindo a São Tomás, quando este
esta a falar sobre o pecado e a vestimenta. Você pode ter um coração ingênuo
"recém saído do jardim de infância" mas, acredite, suas atitudes
podem gerar maus pensamentos nas pessoas; pode não ser pecado mortal no seu
caso, mas a realidade está aí para dizer que é verdade; pois seu irmão pode
pecar mortalmente por sua causa.
Documentos
sobre o assunto
Foi abordado anteriormente o local
dos documentos emitidos pelos membros do Magistério em relação à fé ou
costumes. Ou seja, são importantes como orientações da Igreja sobre aquele
assunto e, como vimos, sabemos que é de fato uma orientação da Igreja se possuí
as três notas da Igreja, ou seja, a presença do Sagrado Magistério, da Sagrada
Tradição e das Sagradas Escrituras. O Magistério é responsável por passar o que
está no depósito da fé a respeito de determinado assunto, justamente em
momentos de crise (ato raro, atualmente). Portanto, dizer que um pronunciamento
é pontual e não vale para essa época é descabido, já que os documentos
conciliares, por exemplo, foram emitidos numa determinada época em determinada
situação de conflito, os livros dos doutores também; é o mesmo que dizer que
tudo que temos como herança é inválido. Como se a doutrina tivesse vindo do
além e pudesse ser interpretada de um jeito diferente a cada tempo. Portanto, é
uma abordagem bem relativista não considerar os pronunciamentos dos papas,
cardeais, bispos e membros ilustres da igreja e considerar somente alguns que
lhes apetece.
É o que acontece atualmente. Quando
falamos de tais pronunciamentos e até mesmo trechos dos textos dos santos
doutores, temos os seguintes argumentos:
1- não é doutrina
2- não é doutrina
3- não é doutrina
Pois não está escrito explicitamente
no Catecismo, lembra muito a forma dos protestantes de verem as coisas.
E algumas vezes vemos ainda tal
expressão "tal santo não deixou claro a que se refere" ou "é uma
orientação pastoral", numa atitude tão desonesta que me vejo
impossibilitada de usar termos amenos, já que logo depois cita Dom Estevão Bitencourt,
em pronunciamentos que (olha a surpresa!) verdadeiramente não são doutrina como
também é um membro menor na hierarquia. Uma ação pastoral de um Papa em
conformidade com a Tradição da Igreja é mais valiosa que a opinião de
alguém abaixo dele.
Por exemplo, tais trechos são
colocados em descrédito ou vistos como "não podemos saber do que
ele estava falando":
“Desde este ponto de vista não
podemos deixar de condenar a cegueira de quantas mulheres de todas as idades e
condição; feitas tontas pelo desejo de agradar, elas não veem a que nível a
indecência de suas vestes chocam a todo homem honesto, e ofendem a Deus. A
maioria delas teriam, em outras épocas, se envergonhado com esses estilos por
grave falta contra a modéstia Cristã; e já não é suficiente que elas se exibam
na via pública; elas não tem medo de cruzar as portas da Igreja, a assistir o
Santo Sacrifício da Missa, e até de levar a comida sedutora das suas paixões
vergonhosas até o Altar da Eucaristia onde recebemos o Autor celeste da pureza.
E nós não estamos falando das exóticas e bárbaras danças recentemente
importadas dos círculos fashion, cada uma mais chocante que a outra; não
podemos imaginar nada mais apropriado para banir o que resta da modéstia”.
(Encíclica Sacra Propediem (1921) do Papa Bento XV)
“Seu apostolado será realizado, acima
de tudo pelo bom exemplo. Será o dever de seu amado Presidente, de seus líderes
sábios, ensinar-lhes que antes de vocês colocarem um vestido, vocês devem se
perguntar o que Jesus Cristo iria pensar disso; eles vão avisá-las que, antes
de aceitar um convite, vocês devem considerar se o seu invisível guardião
celestial poderá acompanhá-las, sem cobrir seus olhos com suas asas; eles vão
dizer-lhes quais teatros, quais companhias, quais praias evitar; eles vão
mostrar a vocês como uma garota pode ser moderna, culta, esportiva, cheia de
graça, naturalidade e distinção, sem ceder a todas as vulgaridades de uma moda
doentia, mas preservando uma aparência que não tem artificialidades, assim como
a alma que essa aparência reflete, um semblante sem sombra, quer interior quer
exterior, mas sempre reservado, sincero e franco. Recomendamos, acima de tudo,
rezar para a corajosa e ativa defesa de sua pureza. Recomendamos especialmente
a devoção à Eucaristia e à Virgem Maria Imaculada, a quem vocês estão
consagradas.” (Papa Pio XII, Alocução às Meninas da Ação Católica, 6 de outubro
de 1940, sobre moda e modéstia.)
Tudo isso é visto como uma abordagem
"antiga" e mudada magicamente por São João Paulo II. Parecem os
pagãos que a cada Papa acham que todo o passado foi enterrado com ele e pronto!
Podemos fazer uma Igreja nova!
Vamos lá: a Igreja sempre diz a mesma
coisa, o problema são as pessoas que fazem suas próprias interpretações de algo
escrito com clareza. Os documentos antigos eram mais claros que os de hoje, já
que atualmente estão tão filosóficos que ninguém os entende, a ponto que cada
um interpreta como quer.
Quanto ao "não sabemos do que
estão falando" basta procurar as vestes desse tempo e ver o que eles
consideravam ruim e comparar com as vestes atuais, não é difícil, mas exige
honestidade interior e também a única forma de modéstia interior que existe:
humildade.
Padre
Pio e Textos Marianos
Também são questões os textos de
Padre Pio e os textos as filhas de Maria.
Sobre o primeiro, podemos ver que o
homem é santo, logo seus pensamentos e suas orientações lhe ajudaram a ter fé,
esperança e caridade; assim como Santa Rita de Cássia, Santa Gema Galgani e
outros santos que não falavam, pois não tinham a missão de cura de almas como
um padre, mas eram muito modestas. Portanto, entre um santo e um não santo que
desdenha o santo, basta escolher. ]
Sobre as normas das filhas de Maria
sobre a Modéstia, é simples, Maria é o nosso exemplo de mulher, basta ver as
orientações do próprio Papa São João Paulo II sobre isso:
"Pode, portanto, afirmar-se
que a mulher, olhando para Maria, nela encontrará o segredo para viver
dignamente a sua feminilidade e levar a efeito a sua verdadeira promoção. A
luz de Maria, a Igreja lê no rosto da mulher os reflexos de uma beleza, que é
espelho dos mais elevados sentimentos que o coração humano pode albergar: a
totalidade do dom de si por amor; a força que é capaz de resistir aos grandes
sofrimentos; a fidelidade sem limites, a laboriosidade incansável e a
capacidade de conjugar a intuição penetrante com a palavra de apoio e
encorajamento.” ( Redemptoris Mater, 46)
Não faz o menor sentido tirar Nossa
Senhora como nosso modelo, Ela nos orienta no caminho da virtude. Se estamos
aqui para viver somente a decência que o mundo diz que é cool, não
precisamos de tanto trabalho, muitos programas de moda na tv já fazem isso. O
objetivo da Igreja e dos católicos deve ser propagar o bom fermento das
virtudes, das práticas concretas que aproximam de Deus e dignificam o ser
humano como filhos amados e resgatados por Deus que se fez homem.
Por favor, sejam honestos!
Quanto ao uso de calças, deixarei
para falar em um livro sobre isso mais profundamente, pois já falei sobre a
questão do pecado e que nesse tópico realmente é verdade dizer que a modéstia é
ir além do não pecado, é buscar ter uma vida virtuosa e santa, sendo como Deus
o fez em sua sexualidade e a expressando verdadeiramente em seu comportamento
(que inclui a vestimenta como já vimos). Mas vale lembrar que é errado o
argumento de que quando a Igreja diz que "a mulher deve vestir
roupas de mulher" ela não especifica o que é. Se assim fosse São
Paulo não teria orientado as vestes das mulheres na comunidade dos Corintios
(ler primeira Carta de São Paulo aos Corintios) ou os jesuítas não teriam
ensinado as mulheres nas aldeias a se vestirem com vestidos. A Igreja sabe
muito bem do que fala e quem lê também, é a falta de honestidade que faz alguém
dizer tais coisas.
Qualquer um que escuta isso, já sabe
o que quer dizer "se vestir como mulher".
Também não é difícil entender que ao
dizer que devemos imitar Nossa Senhora, passamos a um nova forma de ver nossas
escolhas, nas coisas mais pequenas como roupas, porte, tom da voz,
posicionamento de ideias, até mesmo maquiagem, unhas, portar-se em praias;
enfim. Como disse passamos do "será que é pecado?" para o "Nossa
Senhora faria isso?", passamos a mirar um exemplo mais perfeito e acabado,
um exemplo que pode nos mostrar a pureza e delicadeza de sermos mulheres. Não é
difícil, mas é preciso ter contato com Ela, não se imita quem não se
conhece.
Para isso é preciso, como ensina São
Maximiliano Maria Kolbe: a oração, o estudo e a humildade. Contemple a Mãe do
Senhor, olhando-a e pedindo a Ela a Graça de ser uma mulher que agrada a Deus,
um homem que agrada a Deus em tudo, Ela não tardará em atendê-la (o).
Seja honesta (o), não use os santos
de forma duvidosa para se desviar das responsabilidades de ser um testemunho
vivo do Evangelho e da dignidade que Deus nos deu.
A modéstia é uma virtude. A modéstia
é a imitação de uma pessoa: Nossa Senhora.
E isso vale para todas as mulheres, principalmente, independente de ser "mariana" ou não, ser consagrada a Nossa Senhora ou não, devemos mirar a mulher mais agradável diante de Deus e imitá-la, seja você casada ou religiosa, moderninha ou vintage, tímida ou extrovertida; todas devem entrar na escola de feminilidade que é Nossa Senhora e buscar a cada dia mais imitar a Mãe do Senhor.
A nossa salvação e a edificação das famílias depende disso.
E isso vale para todas as mulheres, principalmente, independente de ser "mariana" ou não, ser consagrada a Nossa Senhora ou não, devemos mirar a mulher mais agradável diante de Deus e imitá-la, seja você casada ou religiosa, moderninha ou vintage, tímida ou extrovertida; todas devem entrar na escola de feminilidade que é Nossa Senhora e buscar a cada dia mais imitar a Mãe do Senhor.
A nossa salvação e a edificação das famílias depende disso.
"Quero que as mulheres usem
traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam
não em primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo, e sim em boas
obras, como convém a mulheres que professam a piedade" (I Tm 2,9-10)
"O ornamento das mulheres
virtuosas deve consistir em levar uma vida irrepreensível, entreter-se muitas
vezes com Deus na oração, ser assídua e aplicada ao trabalho para fugir da
ociosidade, resguardar os olhos e refrear a língua com a modéstia e o
silêncio". (Santo Afonso Maria de Ligório citando São Gregório
Nazianzeno).
"Não te afastes da mulher
sensata e virtuosa (...); pois a graça de sua modéstia vale mais do que o
ouro" (Eclo 7,21)
"A graça de uma mulher cuidadosa
rejubila seu marido, e seu bom comportamento revigora os ossos. É um dom de
Deus uma mulher sensata e silenciosa, e nada se compara a uma mulher
bem-educada. A mulher santa e honesta é uma graça inestimável; não há peso para
pesar o valor de uma alma casta" (Eclo 26,16-20)
Para
estudo as referencias do que foi abordado brevemente
E-books de apoio de minha autoria ou
participação:
Pronunciamentos Papais e da Sagrada
Congregação do Concílio:
Pronunciamento de Santos
Pronunciamento de Cardeais, Bispos,
Monsenhores, Cônegos e Padres
4. Soldados da pureza, por Dom
Tihamér Tóth
8. Maria - Modelo acabado do mundo
feminino, pelo Padre Hardy Schilgen
9. Modéstia no vestir - Cuidado com a
moda!, pelo Padre Hardy Schilgen
11. A modéstia: I - No porte e nos
olhares / II - Nas conversas e recreios, pelo Padre F. Maucourant
13. Castidade / Modéstia / Castidade
do coração, pelo Padre Gabriel de Santa Maria Madalena
15. Vestidas com o sol, pelo Padre
Geraldo Pires de Souza
16. Eu e minha toilette... Algemas da
moda!, pelo Padre Geraldo Pires de Souza
18. Inculcar
nas crianças a modéstia nos trajes: um dever de mãe!, pelo Padre Geraldo Pires
de Souza
19. Relatividade do pudor?, pelo
Padre Geraldo Pires de Souza
20. Com teus vestidos, pelo Padre
Geraldo Pires de Souza
23. Grandes tesouros para a donzela
cristã: modéstia e humildade, pelo Padre J. Baetman
26. O coquetismo, pelo Padre J.
Baetman
28. Vaidade feminina, pelo Padre
Manuel Bernardes
29. Ambição e moda, pelo Padre Luis
Chiavarino
30. Conversas, pelo Frade Frutuoso
Hockenmaier
4 comments
Só quero agradecer por tanto ensinamento!
ResponderExcluirQue Jesus e Santíssima Virgem lhe abençoe ❤️
Amém! Reze por mim!
ExcluirOlá, Ana, não consegui baixar o e-book :( Apareceu erro 404 e página não encontrada. O que posso fazer? Desde já muito obrigada, Deus lhe abençoe <3
ResponderExcluirPaz e Bem! Obrigada por avisar, esta ok agora.
ExcluirOlá, Paz e Bem! Que bom tê-lo por aqui! Agradeço por deixar sua partilha.