Johann Georg Meyer von Bremen |
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A virtude da religião é assim chamada, porque constitui o vínculo que deve ligar o homem com Deus, como princípio de todo bem, é uma perfeição da vontade, mediante a qual se aprecia e estima, em seu verdadeiro valor, a relação de dependência do homem para com Deus, como primeiro princípio, último fim, Ser infinitamente perfeito e causa primeira de toda perfeição.
Os atos da virtude da religião são todos os que por sua natureza manifestam e confessam esta dependência. Pode, além disso, a virtude da religião ordenar para este mesmo fim os atos de outras virtudes, e neste caso, podemos dizer, que converte a vida do homem em um ato de culto permanente. Neste caso chamamo-la de santidade, porque santo é o homem cujo a vida se torna um ato de religião.
A virtude da religião é a mais excelsa das virtudes depois das virtudes teologais (fé, esperança e caridade), pois, entre todas as virtudes morais, cuja finalidade é disciplinar a atividade consciente do homem para lança-lo na conquista de Deus, - conhecido pela fé, prometido pela esperança e amado pela caridade - nenhuma tem objeto mais elevado e próximo do último fim. As outras virtudes regulamentam os atos e deveres do homem para consigo mesmo ou para com as outras criaturas; a religião ensina-lhe as suas obrigações para com Deus, a reconhecer e acatar a sua soberana majestade, a servi-lO e honrá-lO como servido e honrado quer ser Aquele cuja grandeza e perfeição excedem com diferença infinita à de todas as criaturas.
Trechos da Suma Teológica em Forma de Catecismo, página 245-246
Ato meditativo: reze sobre os pontos em negrito ou algum outro que tenha lhe chamado a atenção.
Resolução: peça a Deus a graça de crescer nesta virtude excelsa, mas também faça boas resoluções sobre isso: o que você pode fazer para aumentar em ti a virtude da religião?