Devocional 50: Da Virtude da Justiça e Vício Oposto

by - outubro 13, 2020

 



Pintor: Johann Georg Meyer von Bremen



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No decálogo não existe um preceito que esteja relacionado diretamente à prudência, no entanto, todos os mandamentos se referem a ela, pois ela é a reguladora de todas as virtudes. 


Os preceitos em relação a virtude da prudência são encontrados na Sagrada Escritura, no antigo testamento existem preceitos severos contra a astúcia, o dolo e a fraude. Deus os proibiu pois infligem a justiça, que é o conteúdo central do Decálogo. 



O homem prudente encobre o conhecimento, mas o coração dos tolos proclama a estultícia.
(Provérbios 12,23)


O tolo encontra prazer na má conduta, mas o homem cheio de entendimento deleita-se na sabedoria. (Provérbios: 10, 23)




Dado ao seu caráter particular, a prudência -- sem a qual não pode existir nenhuma virtude moral -- ocupa o primeiro lugar em importância; depois dela, a justiça. 


A justiça é a virtude que tem por objeto o direito, isto é, o justo.  Isso significa que está destinada a manter a paz e a harmonia entre os homens, fazendo que cada um respeite as pessoas, atribuições, faculdades e bens legitimamente adquiridos e possuídos pelos outros. 


Para averiguar quais são os diretor legítimos devemos: 

1) atentar ao que dita a razão natural; 

2) o que diz os homens prudentes;

3) atentar ao que diz a autoridade legítima. 


O direito fundado nos ditames da razão chama-se direito natural.


O direito fundado em leis e convênios promulgadas pela autoridade competente chama-se direito positivo, o qual se divide em privado e público, e este por sua vez, em nacional e internacional, baseado o primeiro em convênios privados e em leis da nação e o segundo, em pactos entre os diversos Estados. 


A justiça abrange as relações particulares e às dos particulares com o conjunto ou sociedade. No segundo caso chama-se justiça legal e no primeiro, justiça particular. 


A virtude da justiça, definida com precisão, consiste na disposição consciente, duradoura e irrevogável da vontade, mediante a qual se dá a cada um tudo o que lhe pertence. 


O vício oposto a justiça e a injustiça; e o mesmo se opõe tanto à justiça legal, quando prejudica o bem comum, como à particular, cujo objeto é manter relações dos cidadãos sobre a base da igualdade, cada um tendo o que lhe é devido por merecimento ou direito. 


O pecado da injustiça consiste em atentar livre e espontaneamente contra o direito de outrem, isto é, em negar é devido ao outro. 



Em tudo o que nos aconteceu foste justo; agiste com lealdade mesmo quando fomos infiéis.
Neemias 9,33



Porque não são os que ouvem a Lei que são justos aos olhos de Deus; mas os que obedecem à Lei, estes serão declarados justos.
Romanos 2,13



Baseado na Suma Teológica em Forma de Catecismo. 




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