Este projeto é um dos ramos de uma árvore de conteúdos planejados especificamente para o seu enriquecimento.
Os projetos que compõem esta árvore são: Projeto de Leitura Bíblica com textos de apoio dos Doutores da Igreja (baixar gratuitamente aqui), Plano de Vida Espiritual (baixar gratuitamente aqui) e o Salus in Caritate Podcast (ouça em sua plataforma preferida aqui).
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Introdução
Provavelmente, o que mais atormenta as pessoas em relação à vida espiritual são perguntas como “Como ter intimidade com Deus?”, “Como ter constância?”, “Como voltar ao primeiro amor?” e “Como perseverar?”. Enfim, perguntas dessa natureza são muito comuns e válidas. No entanto, ao fazer uma pesquisa simples em qualquer lugar, é fácil obter a seguinte porcentagem em relação a duas perguntas cruciais sobre a vida espiritual. Eu fiz essa pequena pesquisa e os resultados foram:
Primeira Pergunta: Você sabe o que é um Plano de Vida Espiritual?
Em média, 50% das pessoas sabem o que é.
Segunda Pergunta: Você vive/segue um Plano de Vida Espiritual?
Em média, 80% das pessoas não vivem.
Dessa forma, temos uma porcentagem bem alarmante, que representa, sem erro, o estado da Igreja.
Não saber e não fazer é compreensível. Saber e não viver… não.
Mas, como também sei que muitos têm muitas questões a esse respeito, por conta de diversos fatores, quero lhe dar algumas orientações sobre isso e, por fim, lhe oferecer uma ferramenta para que possa dar passos em relação a isso.
Amar é querer
Nós temos uma visão muito deturpada do amor a Deus, da relação com Ele e do amor de uma forma geral.
Devemos, a todo custo, fugir do sentimentalismo em qualquer tipo de relacionamento, principalmente no que se refere a Deus. Considere comigo este exemplo: um moço gostou de uma moça, ficou encantado com ela, queria conversar com ela, conhecê-la, quem sabe não seriam bons amigos e depois até namorados? Quem sabe? Ele pensa… Ele passa um tempo pensando nisso e, ao mesmo tempo, fazendo outras coisas, fala desse desejo de vez em quando. Um dia, alguém pergunta: “Mas você já foi falar com ela?” O rapaz responde: “Tive preguiça” ou “Tinha tanta coisa pra fazer naquele dia” ou “Eu fui, mas depois, sei lá, não fui mais”.
O que você pensa sobre essa atitude? Provavelmente você pensou algo do tipo: “Ele não quer de verdade” ou algo menos gentil.
Pois é, o maior problema das pessoas que dizem que querem a tal “intimidade” é que não querem de verdade.
Conhecer alguém é um processo que leva a vida toda; a intimidade é algo que se tem depois de “comer muito sal”, como dizem os antigos. E ainda não é intimidade essa imagem que você tem em sua mente. A intimidade não é um rompante, não é levitar, não é a ausência de problemas.
O Senhor não prometeu isso, prometeu que estaria conosco. Então, gostaria de lhe convidar a considerar comigo mais um exemplo: um casal se conheceu, se apaixonou, as pernas agora bambeiam, o sorriso nasce nos lábios por conta de uma mensagem no WhatsApp, lindo, não é? Pois é, mas quando um ano passa, dois no máximo, ou ainda muito menos, isso já não existe mais, as coisas começam a ficar práticas, abrem-se as concessões para fazer o outro feliz ou menos triste. Então, eu lhe pergunto: o amor acabou? Ou o amor começou? Quando você pensa em outra pessoa, considera o que ela quer, acha, sente, prefere, como é o nome disso?
Depois os anos passam e passam, o casal continua a se doar entre si e geram outras fontes de doação. Deus lhes manda filhos para que eles possam transbordar em amor, como Ele mesmo faz. O casal envelhece, passaram a vida juntos, já não conversam tanto, estão um ao lado do outro, num silêncio de pura companhia, um sabe o que o outro gosta ou prefere, a fala se torna quase desnecessária, são um só praticamente. Não sei se já viu casais assim, mas eles existem. E eu novamente te pergunto: isso não é amor?
Pois é, agora imagine se esse casal ficasse a todo tempo pedindo ou sonhando em ter o fogo do primeiro amor, será que andariam esse caminho de união? Será que o amor deles amadureceria?
Com Deus não é muito diferente. Por isso, antes de lhe mostrar a ferramenta para lhe ajudar nesse caminho, gostaria que entendesse: não existe como voltar no caminho do amor. De nenhum tipo. É sempre para frente. Não existe voltar ao “primeiro amor”, existe “amadurecer o amar”.
Portanto, espero que tenha sido feliz em lhe dar mais clareza em relação à chamada intimidade com Deus. Ela levará a sua vida toda e ainda mais.
Peça a Deus que lhe faça entender que relacionar-se com Ele é tão único, tão profundo, que os eleitos farão isso pela eternidade. O Céu é um eterno conhecer a Deus.
Plano de Vida Espiritual
Atos de amor, de descanso, de cura.
O Plano de Vida Espiritual consiste em programar suas práticas da vida espiritual com ordem e constância.
Sujeitar-se a um plano de vida, a um horário, é tão monótono!, disseste-me. – E eu te respondi: há monotonia porque falta Amor.
(São Josemaría Escrivá. Caminho, 77).
Quem nunca escutou uma história de um casal em que o marido levava sempre uma flor do campo para a esposa? Ou o pai que voltava das viagens e trazia presentes aos filhos?
Acredito que trazer uma flor todos os dias, sem falta, por 30, 40, 60 anos, deva ser algo monótono, não? Só não é para o homem que faz, por ser um ato de amor. A esposa estava no plano de vida dele, ela era uma prioridade.
Pois bem, assim é com tudo na vida. Muitas vezes não temos ânimo para ir ao trabalho ou à faculdade, mas vamos, pois aquilo está no nosso plano de vida, é um objetivo.
O plano de vida espiritual deveria ser a nossa maior preocupação, afinal, quando tudo aqui se for, quando todas as metas já forem atingidas ou esquecidas, o que sobrará? Ainda sobrará o destino da eternidade… não é muito estranho se preocupar com o que seremos aqui e tão pouco com o que seremos na eternidade?
Estranho é, bem o sabemos. Mas isso é porque não podemos nos atentar a algo que não vislumbramos. Para viajar para um lugar em que nunca estivemos, precisamos de setas, mapas ou GPS, planejamento e modelos de pessoas que já fizeram a mesma jornada. Sem isso, não temos nem mesmo o sonho da viagem; se ninguém nos diz que existem outros horizontes, vivemos sempre enterrados nas percepções do mundo que conhecemos.
Deus quer que tenhamos o Céu como meta. Não a última meta, mas A Meta. Ele veio até nós para que soubéssemos que existe algo muito melhor do que este mundo, Ele veio nos trazer uma Doce Promessa. Viver um Plano Espiritual é viver o vislumbre dessa promessa a cada dia, sob o lume da fé, apesar de nós mesmos e de tudo à nossa volta.
Para isso, é preciso começar a jornada com quem sabe o caminho. É preciso também andar, mesmo com os pés em bolha, com pouca água de vez em quando, com cansaço ou com maravilhamento que muitas vezes surge durante o percurso. É preciso contar com ajuda e com alimento, com alguém que lhe cure as feridas, que lhe ensine o caminho e que lhe corrija as mazelas que se tornam mais evidentes durante uma jornada. É preciso aprender a estar acompanhado e aparentemente só.
E tudo isso está contido no tempo para o Senhor, no Plano de Vida Espiritual, na sua prática. Ele é quem nos faz tudo isso e muito mais.
As pessoas veem a vida espiritual como a paixão de um casal enamorado e não é assim, não são os rompantes que tornam um casal fiel, são as pequenas decisões. Dessa forma também, não é o rompante que torna a alma fiel e perseverante em Deus, são os pequenos esforços para fazer algo.
Não existem devoções pequenas e grandes, existe amor pequeno, amor grande, ou ainda - Deus nos guarde - nenhum amor.
O amor é que torna algo significativo, o amor é que torna a oração de todos os dias um ato heroico. Os rompantes geram pessoas dependentes dos sentidos, o amor normalmente se manifesta em plenitude na calmaria do propósito feito e, depois de alguma dificuldade, cumprido.
Não se deixe levar pelo vórtice atual, não menospreze os atos de amor, não menospreze a humildade do cotidiano. Você talvez nunca veja uma sarça ardente ou uma coluna de fogo ou qualquer outro fato sobrenatural; mas sempre verá a oração da manhã por fazer, a tarefa mais difícil esperando ser feita, o Sacrário para visitar e a oração mental por fazer, o Catecismo e a Bíblia por ler, a confissão por fazer, a Santa Missa por viver… não seriam essas coisas flores que o Senhor nos dá a cada dia, como o homem que leva flores todos os dias para a esposa? Não seria realizar tais atos, sopros de amor?
Ordem
A ordem é uma virtude que deriva da Paz do Senhor. Santo Agostinho dizia que a Paz do Senhor é a tranquilidade da ordem, ou seja, a tranquilidade de viver na Ordem Divina, em viver como Deus quer que vivamos.
No entanto, é comum acreditar que a espiritualidade é apenas mais uma área de nossas vidas, ao lado das finanças, da intelectualidade, dos relacionamentos, da vida social e profissional; que horrível engano! Deus abarca todas as coisas e o relacionamento com Deus abarca também todas as coisas, todas as instâncias do ser.
Nós vivemos no espiritual, nossa vida e cada área dela está imersa no espiritual. Ela não é uma área, ela engloba todas as áreas.
Isso explica, muitas vezes, o porquê de algumas áreas da vida não irem para frente, porque tudo parece tão sem sentido para algumas almas, que depois se voltam para outro objetivo temporal, sedentas em aplacar tal sensação.
O nível de cuidado que você tem com a sua vida espiritual é o mesmo nível de importância que você dá a Deus em sua vida. Em que nível de importância Deus está na sua vida?
Eu não sei qual é a sua resposta, mas acredito que poderíamos trabalhar esse e outros aspectos que podem estar dificultando seus passos em direção ao que realmente importa nessa vida. Existem muitas coisas que podem nos barrar: como vemos a santidade, o que para nós é ser santo, que imagem temos de Deus e da vida de oração? Essas questões e muitas outras, ainda mais profundas, devem ser trabalhadas num bom Plano de Vida Espiritual.
A prática da vida interior sempre foi vista como um exercício, como uma forma de se aperfeiçoar, de aprender, de remediar nossas doenças espirituais e nossos defeitos, de lapidar e crescer. Cada prática de oração é um remédio para a alma, é um exercício para o espírito, é um descanso para o coração no Amor dos amores.
O Plano de Vida Espiritual não é somente um conjunto de práticas repetitivas, são gotas de remédio diluído no soro do amor aplicadas nas almas dispostas a se curarem, a crescerem e se fortificarem.
Ele é aconselhado aos principiantes, aos que possuem dificuldade em relação à vida interior e àqueles que, mesmo praticando um plano, gostariam de se beneficiar com uma nova percepção da vida de oração.
Orientações gerais
baseadas nas dúvidas mais comuns
- O Plano Espiritual é mensal, cada ciclo é para um mês, por isso está escrito “Ciclo… (… Mês)”. A cada mês, você iniciará um novo ciclo com o próximo material que será disponibilizado aqui, nesta mesma postagem.
- Sempre se inicia pelo início, ou seja, pelo ciclo 1, mesmo que você inicie essa jornada em julho, setembro ou dezembro. Não pule ciclos para usar apenas o que lhe apetece, isso arruinará o processo.
- O material foi feito para ser baixado e você poderá imprimi-lo, pois está em alta resolução.
- Você poderá iniciar quando quiser.
- Um dos objetivos do Projeto é estimular você a gerenciar o seu tempo com Deus. Portanto, quem determina se começa agora, amanhã ou daqui a um ano é você. Assim como quem determina a velocidade com que fará os exercícios propostos para colocar como matéria de oração mental também é você. Você tem 30 dias a cada ciclo; a organização é sua responsabilidade. Isto é uma ferramenta, você terá um mês para usá-la e aprender mais no trato com o Senhor, até que finalize e inicie outro ciclo.
- As propostas no Planejamento Espiritual de oração (na coluna à direita do material) são diárias.
- Para baixar, basta clicar no título: “Baixe aqui…” do ciclo que deseja baixar.
- Antes de começar, peça ao Senhor o dom do entendimento e amadurecimento.
Primeiro Mês
Baixe aqui: Primeiro Ciclo (Primeiro Mês) do Plano de Vida Espiritual Masculino
Baixe aqui: Primeiro Ciclo (Primeiro Mês) do Plano de Vida Espiritual Feminino
Segundo Mês
Baixe aqui: Segundo Ciclo (Segundo Mês) do Plano de Vida Espiritual Masculino
Baixe aqui: Segundo Ciclo (Segundo Mês) do Plano de Vida Espiritual Masculino
Baixe aqui: Segundo Ciclo (Segundo Mês) do Plano de Vida Espiritual Feminino
Terceiro Mês
Baixe aqui: Terceiro Ciclo (Terceiro Mês) do Plano de Vida Espiritual Masculino
Baixe aqui: Terceiro Ciclo (Terceiro Mês) do Plano de Vida Espiritual Feminino
Quarto Mês
Baixe aqui: Quarto Ciclo (Quarto Mês) do Plano de Vida Espiritual Masculino
Baixe aqui: Quarto Ciclo (Quarto Mês) do Plano de Vida Espiritual Feminino
Quinto Mês