Livro de Amós: Visão Geral

by - julho 26, 2021



Este é um material de apoio do Projeto de Leitura Bíblica: Lendo a Bíblia, para baixar o calendário de leitura bíblica e os outros textos de apoio dos Doutores da Igreja , online e pdf, sobre cada livro da Bíblia, clique aqui.


Este projeto é um dos ramos de uma árvore de conteúdos planejados especificamente para o seu enriquecimento. Os projetos que compõem esta árvore são: Projeto de Leitura Bíblica com textos de apoio dos Doutores da Igreja (baixar gratuitamente aqui), Plano de Vida Espiritual (baixar gratuitamente aqui), o Clube Aberto de Leitura Conjunta Salus in Caritate, com resenha e materiais de apoio (para ver a lista de livros, materiais e os cupons de desconto 2020 clique aqui) e o Salus in Caritate Podcast (ouça em sua plataforma preferida aqui).



Livro de Amós

O Livro de Amós é o terceiro dos Doze Profetas Menores no Tanakh (chamado pelos cristãos de Antigo Testamento) e o segundo na tradição grega da Septuaginta. Amós, um contemporâneo mais antigo de Oseias e Isaías, estava ativo por volta de 750 a.C. durante o reinado de Jeroboão II (788–747 a.C.), (788-747 a.C.), tornando Amós o primeiro livro profético da Bíblia a ser escrito. 

Jeroboão II foi o 13º rei de Israel, sucedendo a seu pai Joás ou Jeoás e foi o penúltimo rei da casa de Jeú. Ele reinou durante 41 anos (destes 41 anos, onze foram junto com seu pai como co-regente), sucedendo-lhe o filho Zacarias. No seu reinado, Jeroboão II havia vencido os arameus (e reconquistou à Damasco e partes de Hamate e também estendeu Israel até seus primeiros limites, desde a "entrada de Hamate" até o "mar da Planície".
Amós viveu no reino de Judá, mas pregou no reino do norte de Israel. Seus principais temas são a justiça social, a onipotência de Deus e o julgamento divino. O livro de Amós cita claramente o ciclo da água (também presente em no livro de Eclesiastes), que só foi descoberto séculos depois.


A canonicidade deste livro, ou sua reivindicação de um legítimo lugar na Bíblia, jamais foi questionada e sempre defendida. Desde os tempos primitivos, foi aceito pelos judeus, e aparece nos mais antigos catálogos cristãos. São Justino, o Mártir, do século II, citou Amós em seu Dialogue With Trypho, a Jew (Diálogo com Trífon, um Judeu, cap. XXII). O próprio livro se acha em completo acordo com o restante da Bíblia, conforme indicado pelas muitas referências do escritor à história bíblica e às leis de Moisés. (Am 1,11; 2,8-10; 4,11; 5,22, 25; 8,5) Os cristãos do primeiro século aceitavam os escritos de Amós como Escritura inspirada. Por exemplo, o mártir São Estevão (At 7, 42, 43; Am 5, 25-27), e São Tiago, o Menor (At 15,13-19; Am 9,11, 12), mencionaram o cumprimento de algumas das profecias.

Outros eventos históricos atestam, de forma similar, a veracidade do profeta. É fato histórico que todas as nações condenadas por Amós foram, no devido tempo, devoradas pelo fogo da destruição. A própria grandemente fortificada cidade de Samaria foi sitiada e capturada em 740 a.C., e o exército assírio levou os habitantes "para o exílio além de Damasco", conforme predito por Amós. (Am 5, 27; 2Rs 17, 5, 6) Judá, ao sul, recebeu igualmente a devida punição quando foi destruída em 607 a.C. (Am 2, 5) E, fiel à palavra de Deus mediante Amós, descendentes cativos tanto de Israel como de Judá voltaram em 537 a.C. para reconstruir sua terra natal. — Am 9,14; Esd 3,1.




São sete os crimes de Israel:

  1. "vendem o justo (tsaddîq) por prata": corrupção e desonestidade
  2. "o indigente ('ebyôn) por um par de sandálias": abuso de poder
  3. "esmagam sobre o pó da terra a cabeça dos fracos (dallîm)": humilhação
  4. "tornam torto o caminho dos pobres ('anawim)": enganam os inocentes e dificultam a vida do pobre
  5. "um homem e seu filho vão à mesma jovem": depravação, imodéstia, fornicação, abuso sexual
  6. "se estendem sobre vestes penhoradas, ao lado de qualquer altar": falta de misericórdia nos empréstimos
  7. "bebem vinho daqueles que estão sujeitos a multas, na casa de seu deus": mau uso dos impostos (ou multas).

Amós, com os termos tsaddîq (justo), 'ebyôn (indigente), dal (fraco) e 'anaw (pobre), designa as principais vítimas da sua época. Sob estes termos Amós quem corre sério risco de perder casa, terra e liberdade com a política expansionista de Jeroboão II. É em sua defesa que Amós vai profetizar.

Está em 4, 1, "ouvi esta palavra vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, que oprimis os pobres, que quebrantais o s necessitados…". O apelo por justiça é o tema mais conhecido deste livro, porque evidencia a condenação de Deus aos que ficaram ricos através da corrupção.

No capítulo 7, o autor nos informa que foi chamado à corte do rei Jeroboão II para explicar suas profecias, que eram desfavoráveis ao rei. Ele acaba não sendo punido e acaba advertindo o rei.

O livro termina com uma mensagem de que, apesar de Deus castigar a Israel, Deus irá restaurar a nação, quando ela se voltar a Deus.



You May Also Like

0 comments

Olá, Paz e Bem! Que bom tê-lo por aqui! Agradeço por deixar sua partilha.