Resumão: Livro de Oséias
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Livro de Oseias
O profeta Oseias exerceu sua atividade no Reino de Israel Setentrional, entre o final do reinado de Jeroboão II e a queda de Samaria (750-722 a.C.).
Um profeta em Israel no século VIII a.C., filho de Beeri. É um dos Os Doze Profetas Menores da Bíblia hebraica judaica, e do Antigo Testamento cristão. Oseias exerceu seu ministério durante o governo dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias todos reis de Judá e durante o reinado de Jeroboão, rei de Israel.
Uzias ou Azarias (hebr. עוזיהו) foi o 10º rei de Judá e teria começado a reinar por volta de 829 a.C até 778 a.C.
Sua triste historia consta nos livros de II Crônicas, no Capítulo 26, e em II Reis, capítulo 15, sendo contemporâneo ao profeta Isaias.
Grande guerreiro, filho do Rei Amazias, foi considerado um engenheiro de notável saber, uma vez que as armas projetadas por ele arremessavam grandes pedras, e, atiravam lanças. Possuiu grandes fazendas, construiu reservatórios de água, fortificou torres e edificou uma cidade chamada Elate e foi um dos reis que esteve maior tempo no poder em comparação aos outros.
O seu exército foi tão poderoso que a sua fama chegou até o Egito. Segundo as inscrições de Tiglate-Pileser III (rei da Assíria), teve um confronto no ano 738 a.C(?). entre ele e uma coalizão forte entre reinos sírios, Israel Setentrional, Judá e outros sob liderança do velho rei Uzias. Porém a resistência não era bastante forte para Tiglate-Pileser III abandonar suas tentativas de avançar também para o sul. Invade o Reino Israel Setentrional, e seu rei Menaém torna-se seu tributário.
Nos últimos anos de sua vida, foi amaldiçoado com a lepra, ao tentar subverter à lei de Moisés e queimar ele mesmo o incenso no templo, o que era reservado para os sacerdotes. Morreu isolado em um palácio, à margem do poder pois era leproso.
Jotão (ou Jotam) foi o 11º rei de Judá e começou a governar por volta do ano 750 a.C., reinando por 16 anos. Foi contemporâneo ao profeta Isaías.
Filho do rei Uzias (Azarias), de Judá, com Jerusa (Jerusá), filha de Zadoque. (2Rs 15.32, 33; 1Cr 3,12; 2Cr 27,1; Mt 1,9). Depois de Uzias ser atacado de lepra, quando se irou com os sacerdotes por ser repreendido por eles pela invasão ilícita do templo e pela tentativa de oferecer incenso, Jotão começou a cuidar das tarefas reais em lugar de seu pai. Mas, aparentemente foi só depois da morte de Uzias que Jotão, aos 25 anos de idade, começou seu reinado de 16 anos (777-762). — 2Rs 15,5;7;32; 2Cr 26,18-21, 23; 27,8.
Isaías, Oseias e Miqueias serviram como profetas no tempo de Jotão. (Is 1,1; Os 1,1; Miq 1,1) Embora seus súditos se empenhassem em adoração imprópria nos altos, Jotão mesmo fazia o que era direito aos olhos de Jeová. — 2Rs 15,35; 2Cr 27,2-6.
Durante o reinado de Jotão se fizeram muitas construções. Ele erigiu o portão superior do templo, fez muita construção na muralha de Ofel, construiu também cidades na região montanhosa de Judá, bem como fortes e torres nos bosques. — 2Cr 27,3-7.
Mas, Jotão não teve um reinado pacífico. Guerreou com os amonitas (descendentes de Amon, filho do incesto de Ló com sua filha mais nova) e finalmente triunfou sobre eles. Em resultado disso, durante três anos, eles pagaram um tributo anual de 100 talentos de prata (US$660.600) e de 10.000 coros (2.200 kl) tanto de trigo como de cevada. (2Cr 27,5) Durante o reinado de Jotão, a terra de Judá começou também a sofrer pressão militar do rei sírio Rezim e do rei israelita Peca. — 2Rs 15,37.
Quando Jotão morreu, ele foi sepultado na Cidade de Davi, e seu filho, Acaz, que tinha cerca de quatro anos quando Jotão se tornou rei, ascendeu ao trono de Judá. — 2Cr 27,7-28,1.
Acaz (em hebraico: אחז) foi o 12º rei de Judá, tendo iniciado o seu reinado em 735 a.C. e governou por 16 anos, sendo contemporâneo do profeta Isaías. É considerado um rei mau, de acordo com a Bíblia, pois promoveu a idolatria, fechou as portas do Templo de Deus e sacrificou o próprio filho aos deuses pagãos. Além disso, ele ofereceu sacrifícios e queimou incenso nos lugares altos, nas colinas e debaixo de toda a árvore frondosa, imitando as abominações das nações que Deus havia expulsado diante dos israelitas. Sofreu importantes derrotas militares e não conseguiu obter o apoio da Assíria para controlar os conflitos com as nações vizinhas.
Ezequias (em hebraico: חזקיהו; em grego: Εζεκία; em latim: Hezekiah), também chamado de Hezequias, foi o 13º Rei de Judá, e reinou por 29 anos (726–697 a.C.)era filho de Acaz e de Abi (ou Abia). Reinou conjuntamente com seu pai de 729 a 715 a.C. e, com a idade de 25 anos, tornou-se rei absoluto. Seguiu o exemplo do seu brilhante antepassado, o Rei Davi, teria começado a reinar com 25 anos de idade e governou por 29 anos, a partir de 715 a.C..
No exato primeiro dia do seu reinado, reparou as portas e purificou a Casa/Templo de Yauh. Reintegrou os sacerdotes e levitas ao seu ministério, e restaurou a celebração da Páscoa (II Crônicas 29, 3 e 30, 5). Além disso, combateu a idolatria em Judá proibindo o culto aos deuses pagãos, determinando também que fosse destruída a serpente de bronze construída na época de Moisés, pois novamente o povo estava adorando-a. E, devido à sua obediência, a Bíblia relata que Deus trouxe paz ao seu reino. Enquanto cuidou do templo, providenciou a adoração adequada.
De acordo com a Bíblia, Ezequias, ao ser confrontado pelo grande Rei da Assíria, Senaqueribe, orou a Deus e foi salvo do cerco de Jerusalém (por volta do ano 701 a.C.), através de um anjo enviado por Deus, que teria exterminado cento e oitenta e cinco mil soldados assírios durante a noite.Também no contexto do cerco, ordenou a construção do Túnel de Ezequias, para impedir as tropas de Senaqueribe de terem acesso ao precioso líquido (água), desviando o curso da água de fora das muralhas de Jerusalém para dentro da mesma.
Segundo a Bíblia, após a expulsão dos assírios, Ezequias experimenta um novo milagre. Tendo adoecido gravemente acometido do que a Bíblia chama de úlcera (alguns acreditam tratar-se de um câncer), o profeta Isaías veio lhe dizer que iria morrer. Não se conformando, Ezequias pôs-se a orar e Isaías retorna com outra mensagem de Deus informando um acréscimo de mais 15 anos à vida do rei. E, como prova do cumprimento dessa palavra, Deus deu um sinal a Ezequias, fazendo atrasar dez graus a sombra do relógio solar construído por Acaz.
Tendo se recuperado, cometeu um sério equívoco ao mostrar os seus tesouros aos mensageiros de Merodaque-Baladã II, rei da Babilônia. Devido a isso, foi advertido pelo profeta Isaías, prevendo o futuro cativeiro dos judeus, o que ocorreu numa invasão de Nabucodonosor II, no reinado de Zedequias.
Ezequias faleceu em 696 a.C., mas seu filho Manassés (708 a.C. - 642 a.C.) assumiu a posse de rei aos 12 anos, permitindo a idolatria em Jerusalém e fazer Judá cair em pedaços.
A pregação de Oseias tem como ponto de partida uma experiência pessoal tão profunda, que se tornou para ele um símbolo (caps. 1 e 3). Ele amava de todo coração a sua esposa, mas ela o deixou para se entregar a outros amantes. Esse amor não correspondido ultrapassou o nível de frustração pessoal para ser uma enorme força de anúncio: o profeta apresenta a relação entre o Deus, sempre fiel e cheio de amor, e seu povo, que o abandonou e preferiu correr ao encontro dos ídolos.
Oseias passa, então, a denunciar todo tipo de idolatria, que ele chama de prostituição. Essa comparação será, a partir de então, uma constante nos escritos bíblicos. Tais prostituições, segundo Oseias, não consistem somente em adorar imagens de ídolos, mas inclusive em fazer alianças políticas com potências estrangeiras que provocam dependência, exploração econômica e opressão (7, 8-12; 8, 9-10). Prostituições são também os golpes de Estado que preservam interesses de uma pequena minoria (7, 3-7), a confiança no poder militar e nas riquezas (8, 14; 12, 9) e todo tipo de injustiças (4, 1-2; 6, 8-9; 10, 12-13). Como seu contemporâneo Amós denuncia injustiças sociais e politicas.
Oseias, porém, não apenas acusa, mas também anuncia o amor fiel e misericordioso de Deus para com seu povo, se este se converter e voltar a conhecê-lo. Para o profeta, o conhecimento de Deus não é uma atitude intelectual, mas uma adesão amorosa, através de uma prática que corresponda ao projeto de Deus, elaborado no deserto por ocasião do êxodo, deste modo, Deus receberá novamente seu povo como esposa, dispensando-lhe todo o carinho (2, 4-25); ou tratando-o como filho (cap. 11).
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