Resumão: Livro de Neemias

by - outubro 07, 2021




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Livro de Neemias






Neemias, era filho de Hacalias (Neemias 2, 3), e provavelmente pertencia à Tribo de Judá; seus ancestrais residiam em Jerusalém antes de seu serviço na Pérsia.


Fez erigir os muros de Jerusalém e realizou importantes reformas religiosas exercendo papel fundamental na fixação da lei mosaica. O livro bíblico que traz seu nome, Livro de Neemias, redigido pouco antes do ano 400 a.C., juntamente com o Livro de Crônicas e o livro de Esdras, relata a obra de restauração de Neemias.


Viveu durante o período em que Judá era uma província do Império Aquemênida, e havia sido designado copeiro real no palácio de Susa; o rei, Artaxerxes I (Artaxerxes Longimanus), parece ter tido um bom relacionamento com seu funcionário, como evidência a longa licença que lhe foi concedida durante a restauração de Jerusalém.


Artaxerxes I Longímano, foi um rei do aquemênida, filho de Xerxes I e Améstris (que seriam Assuero e Vasti do Livro de Ester). Após o assassinato de Xerxes I em 465 a.C., ele assumiu o trono persa ao qual governaria até 424 a.C., sendo sucedido por seu filho Xerxes II. Os autores gregos lhe deram o sobrenome “Longímano”. Eles explicam o termo simbolicamente como “com grande alcance” ou de forma racionalizada, porque sua mão direita era mais longa que a esquerda.






Neemias permaneceu na Judéia por doze anos atuando como governador (Neemias 5, 14), realizando diversas reformas, apesar da oposição que encontrou (Neemias 13, 11). Construiu o Estado seguindo o que vinha sendo feito, "implementando e complementado a obra de Ezra", e fazendo todos os arranjos visando a segurança e o bom governo da cidade. Ao fim deste período importante de sua vida pública, retornou à Pérsia a serviço de seu senhor real em Susa (cidade citada no livro de Ester) ou Ecbátana (cidade cidade no livro de Tobias).


Alguns estudiosos acreditam que teria sido nessa época que Malaquias teria surgido, em meio ao povo, com palavras sisudas e solenes, de reprovação e alerta; e quando Neemias novamente retornou da Pérsia, após uma ausência de cerca de dois anos, sofreu profundamente com a degeneração moral que havia se instaurado enquanto estivera fora. Empenhou-se com vigor para retificar os abusos flagrantes que haviam surgido, e restaurou a administração ordenada dos cultos públicos e a observância externa da Lei de Moisés (Neemias 13, 6-31).


Sobre sua história subsequente, pouco se sabe. Uma das especulações é de que teria permanecido em seu cargo de governador até sua morte, por volta de 413 a.C., já com idade avançada. O local de sua morte e de seu enterro é desconhecido.


Neemias foi o último dos governadores enviados pela corte persa à Judeia; logo depois a província foi anexada à satrapia de Cele-Síria, e passou a ser governado por um sumo sacerdote (kohen gadol) indicado pelos sírios. Ele também é indicado como autor do livro das Crônicas e finalizador do livro de Esdras.


O Livro de Neemias põe o registro histórico da missão de Neemias num contexto teológico. Sob um ponto de vista político, seus atos foram o resultado do desejo persa de aumentar a segurança do Levante, e ampliar o controle do império sobre a região.



Levante é um termo geográfico, a região se resume à Síria, à Jordânia, a Israel, à Palestina, ao Líbano e a Chipre. Outras fontes definem o Levante de uma maneira mais ampla, incluindo porções da Turquia, do Iraque, da Arábia Saudita e do Egito.







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