Autor: Padre Alfredo Saénz (nasceu em 1932, tem 90 anos). É professor de Dogma e Patrística na Faculdade de Teologia de San Miguel, da Universidad del Salvador, em Buenos Aires. E desenvolve intensa atividade como conferencista e escritor, além de pregador de retiros e exercícios espirituais.
Resumão
O Homem Moderno
(encontre o livro aqui)
1- Dispersos
Não recuperamos o mundo dentro de nós mas nos dispersamos no mundo, trocamos a interioridade pela exterioridade; vivendo a parte dos homens em cubos de concreto, adorando a técnica, que busca render e não servir, consumindo tudo e reagindo apaixonadamente, abraçando o despudor e a aversão a privacidade e ao sagrado que nela se revela.
2- Sem tradição e raízes
Sem bagagem ancestral (como tem o homem tradicional), sem leis, sem normas para o pensamento e a vontade, tudo se torna descartável (coisas, pessoas e costumes), todas as ideias são válidas, mas não há valores absolutos, a verdade perene é questionada, surge uma aversão ao tradicional que se mostra em ideologias sucessivas.
Como não quer mudar, mas quer que tudo e todos mudem, edifica o império da mediocridade.
3- Massificado e Teledirigido
A massa é um modo de ser homem, não uma classe social. Esse modo pode existir:
1) de forma transitória, quando perdemos a capacidade de pensar e tomar decisões livres e aderimos ao conglomerado;
2) de forma crônica, quando as características pessoais são perdidas e aderimos a um conjunto uniformizado numa falsa igualdade, que nivela a todos por baixo. Todos juntos na lama, numa propensão pelo fácil, imitando o que aparece na TV, revistas e etc.
3) a imagem produz mais comoção que a fala, com os sentidos são assaltados, nos tornados incapazes de reflexão, a comoção rompe o equilíbrio entre a paixão e a razão.
4- Divinização dos bichos
Preso a própria natureza não deseja ser mais que homem, renuncia ao transcendente e a vida sobrenatural, é um libertário que acredita que nada nem ninguém deve se submeter a valores morais e religiosos, pois são obstáculos para a liberdade. Este naturalismo gera um homem anti cristão e o imanentismo é o fruto dos seus pensamentos, sendo anti cristão busca o "paraíso na terra" e para propagar essa ideia surge a secularização da igreja: não existe mais A Verdade e sim mais uma verdade.
Isso gera um medo massivo da morte que tem como fonte a desesperança na vida eterna.
O quantitativo e impessoal gera uma "errancia espiritual" e uma insatisfação mortal. Sem A Verdade surge uma falsa espiritualidade que busca sanar o desejo, inerentemente humano, pelo transcendente. Astrologias, horoscopo, tarot ou qualquer outra superstição se torna "espiritualidade" e "elevação". A
New Age é a principal vertente desse movimento, sua doutrina prega:
1) tudo é uma só coisa;
2) o cosmos é vivo e divino;
3) o próprio humano é divino;
4) o mundo está passando por uma transição (do ciclo de peixes para o de áries), o Deus masculino (e machista) dará lugar a Gaia, Mãe Terra;
5) o resgate do culto às deusas e o culto de psicotécnicas que buscam o despertar para o novo ciclo: yoga, hipnose, drogas e etc;
6) nós estamos evoluindo rumo ao ser divino, mas antes passamos por todos os reinos, por exemplo: uma pedra, uma planta, um animal, humano, divino (ideia baseada no budismo). Portanto o homem não recebe redenção, se auto redime, não precisa de Salvador.
7) a transformação do cristianismo: Jesus voltaria para adaptar o cristianismo à nova fase (não para julgar, veja bem), esse processo gera a "guerra da religião", uma guerra mental, intelectual e até podemos usar psicológica.
Diante disso, defende o autor, devemos buscar análises pessimistas para uma postura mais sábia.
Resumão: Ana Paula Barros
5, dezembro de 2021
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"Do Céu desce o Cordeiro que trás a Salvação, choremos e imploremos das culpas o perdão" (Liturgia das Horas)