A Princesa e o Sapo
Uma vez, uma princesa teve que beijar um sapo. Bem, em poucos contos o príncipe, que é símbolo do corpóreo, do terrestre, e muitas vezes do Senhor, aparece de forma tão degradante.
Um homem ligado demais às coisas terrestres se torna animalesco e, além disso, asqueroso.
Lembra que a mulher simboliza a alma nos contos? O etéreo transforma em homem o que estava rebaixado ao asqueroso, longe de sua humanidade e muito mais de sua herança celeste.
Mas veja bem, o conto não mostra a feliz arte de apaixonar-se por um traste. Sinal disso é que a princesa não estava realmente apaixonada quando o beijou. Em algumas versões, trata-se de um ato de piedade depois que ela sabe toda a história. Ela queria ajudá-lo.
O conto demonstra o poder da influência feminina na edificação e formação do masculino. Existem transformações no homem que só a presença feminina pode gerar. Essa presença não precisa ser romântica, basta que exista e o sapo poderá se tornar um príncipe.
É um conto sobre a arte feminina de transmutar os sapos que nos cercam, muitas vezes somente existindo, desde que seja uma existência edificante.
Ps: alunos do Educa-te, esse pedacinho pode ser ligado aos livros que trabalhamos no ciclo dois do Clube do Livro Virtudes e Literatura + o Ciclo 1 do curso Mulher Católica, da quinta até a décima aula.
1 comments
Oie Ana, paz e bem, muito obrigada por essas reflexões através dos contos, gostei muitoooo.
ResponderExcluirOlá, Paz e Bem! Que bom tê-lo por aqui! Agradeço por deixar sua partilha.