O peão passante (Elisa Hulshof)

by - outubro 05, 2022

Introdução

Esse livro faz parte da curadoria de 2022 para o Clube de Leitores Salus. Tal curadoria foi realizada com a intenção de prestigiar e divulgar a boa literatura dos autores católicos brasileiros.


Autora

Elisa Hulshof Storarri nasceu em 1994, em Buritis (MG), a mais nova de cinco filhos. Logo em seguida sua família mudou-se para Holambra (SP). Formou-se em Design Gráfico na Universidade Federal do Paraná e atualmente vive em Jundiaí (SP) com seu marido e seu filho.


Resenha
Encontre o livro aqui.

"Gênia!" foi isso que eu disse diversas vezes durante essa leitura. 

Veja bem, se você joga, ou já jogou xadrez, sabe o que é um peão passante, já eu não fazia a menor ideia. Nunca joguei xadrez na vida apesar da insistência da professora de educação física (sim, você leu certo). No entanto, isso não comprometeu o entendimento do livro, pelo contrário acho que me fez ficar mais embasbacada com a criação que a autora fez usando um tabuleiro de xadrez. 

O tema do livro é, veja bem, política. Naquele sentido mais profundo hoje totalmente esquecido. E com ela o tema do sacrifício. Acontece que para chegar nesses temas a autora nos faz passar por vários cenários em que tais temas são vividos: minorias são apresentadas de outra forma ou finalmente mencionadas (já que são esquecidas totalmente apesar dos discursos em prol das minorias feito pelas mesmas), embates internos de pessoas corajosas, heróis e heroínas que o são justamente por conta de suas debilidades (!), você também encontrará uma criação que permite contrastar as formas de governo e também o emprego do papel da Igreja em questões importantes.

Só um ponto me deixou realmente intranquila, mas acredito que não era o foco de atenção da autora: as personagens femininas. Bem, todas me lembraram a Katnis Everdeen, de Jogos Vorazes, mas especificamente a do segundo livro, meio descontrolada, exceto por uma personagem, as outras me pareceram a mesma pessoa com embates internos distintos. Senti falta de uma presença feminina como auxiliar dos bispos como aconteceu, de verdade, nos primeiros séculos até a idade média, que é o período (um tanto indefinido) do livro. Senti falta de rainhas mais inteligentes do que aparentemente fortes. Talvez vocês entendam ao fazer uma comparação com a protagonista de The Princess Weiyong ou de The General and I.  Meu principal motivo é que o feminino só tem sua força vista pela fraqueza do masculino, isso é uma característica contemporânea e foi uma pena encontrá-la aqui. 

Apesar desse apontamento, que achei necessário, o livro é fenomenal e pode ser um presente fantástico para qualquer um que goste de romances de época e queira uma leitura com princípios e valores. 

⭐⭐⭐⭐

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